domingo, 7 de abril de 2013

ARTISTAS E ATORES PRESTIGIAM A ESTREIA DE FAVELA

FAMOSOS COMPARECEM À ESTREIA DO ESPETÁCULO NO TEATRO FASHION MALL.

Postado por ASSESSORIA

Débora Nascimento e José Loreto
Famosos assistem FAVELA. Foto: AgNews
Com casa lotada na última 6a. feira (05/04), a estreia do espetáculo contou com a presença dos famosos atores José Loreto e Débora Nascimento, o casal Thatiana Pagung Guajardo e Carlos Guajardo,  o ator David Lucas, que interpreta o Orelha no folhetim Malhação (TV Globo), a atriz e cantora Ana Terra, namorada de Gabriel Chadan, a atriz Ingra Liberato além de outras importantes figuras do cenário cultural brasileiro.

Na ocasião, toda a grande imprensa também esteve presente e registrou os rostinhos famosos do grande público. O espetáculo, que é uma mistura muito bem organizada sobre o dia à dia de moradores de uma favela, traz à tona os dramas e amores de personagens onipresentes numa favela e/ou em qualquer bairro, além de muito humor contados magnificamente por um elenco de 21 atores. O espetáculo não se atém à crítica gratuita e busca levantar questões pertinentes ao cotidiano destes moradores e mostrar a função básica do teatro.
David Lucas e Ana Terra
Famosos assistem FAVELA. Foto: AgNews

Após assistir o espetáculo o ator Zéza Julio ainda discorreu um elogio em seu perfil do Facebook que emocionou toda a equipe: "Em um mix de comédia, drama e tragédia, "Favela", espetáculo de Rômulo Rodrigues, com direção de Márcio Vieira, faz seu puxadinho no elitista Fashion Mall. Fiquei alguns minutos em frente ao computador, não só com o intuito de escrever sobre o espetáculo, mas engajado por um sentimento de dever fazê-lo e, com toda a minha bagunça mental, totalmente justificada quando o assunto é escrever sobre esse tema e, sem saber por onde começar, percebo que já comecei. 

O ator e musicista Zéza Julio elogiou o espetáculo.
E é exatamente isso que senti ao entrar e ao sair do espetáculo. Onde começa? Onde termina? "Favela" se estende para além do nosso imaginário e nos coloca DENTRO. Mais do que isso, nos recria e nos faz PARTE. Todos aqueles personagens, criados de forma tão realista, eu já havia visto e convivido. Muitos são meus amigos. Muitos são eu mesmo. A cortina se fecha e, eu, saio na rua pra pegar o meu ônibus, a me perguntar: a cortina fechou? É como se os três sinais tocassem a cada ação física minha, iniciada, até o meu trajeto de volta pra casa. Meu barraco. 

E o naturalismo do espetáculo não se estende apenas aos seus personagens, mas também em um cenário primoroso, que dá vontade de tocar, tamanho o realismo, do talentoso Derô Martín. Derô faz o caminho inverso, dos poetas, de transformar realidade em poesia, ao transformar poesia em realidade. Tecido em tijolo. O leve em pesado. Ainda em casa, ao ver as fotos deste espetáculo, contemplado com o TROFÉU ÍTALO ROSSI NO FITA 2012, pensei, na ignorância dos meus olhos: como um cenário de tijolos? Como transportar isso? Mais uma vez "Favela" expõe meu preconceito. Márcio Vieira, diretor da peça, rege o espetáculo com a maestria de quem conhece todos aqueles becos e vielas, com a humildade de quem já colocou, e também se deitou no colo de todas aquelas pessoas e principalmente, com a experiência de quem tem uma estrada no teatro e que faz sua construção, tijolo por tijolo. De quebra Rômulo Rodrigues, o autor, empresta sua caneta e mostra a sua versatilidade de dramaturgo que retrata Machado de Assis (Um Rio Chamado Machado, último espetáculo da Cia), mas também escreve sobre temas tão contemporâneos. Tarefa difícil, porém conquistada, manter a importância de cada personagem num espetáculo com 21 atores em cena. 

A atriz Ingra Liberato também conferiu o espetáculo.
Com elenco, ou deveria chamar "a população da comunidade", que encarna de forma tão crível todas aquelas pessoas, que quase me leva a esquizofrenia. Como fiz com o cenário, também precisei tocá-los, parabenizá-los e constatar num diálogo interno: "Calma, Zéza Júlio. Acabou e realmente são atores." Destaque para Carla Cristina, que se despe, literalmente da vaidade e que mesmo muda nos arranca a gargalhada, nos mostrando o cerne do que é realmente o sentido da palavra ARTISTA. Destaque também para Dona Jurema, vivido por Dja Marthins, que, sem sair da sua janela, é grande, durante todo o espetáculo. Tão grande quanto, é a voz e a doçura da talentosa atriz Renata Tavares que empresta seu gogó para a belíssima música de Gabriel Chadan. Ana Bertines, mostra que o talento do ator nos dias atuais está, não só na sua capacidade de atuar (seu personagem e a do pastor, vivido por Natálio Maria, me fez lembrar a minha mãe), mas também na sua vocação para produzir-se e sobreviver num mercado tão vasto e restrito, ao mesmo tempo. 

O casal Thatiana Pagung Guajardo e Carlos Guajardo (centro) ao lado do diretor Márcio Vieira e seu assistente de direção Gilbert Magalhães. A atriz Erica Braga também esteve presente.
Rômulo também encarna seu lado Shakespeare ao criar, embora que breve, mas não menos intensa, seu casal de Romeu e Julieta (Jeomar e Elisa) vividos de forma comovente por Michel Gomes e Cinthia Andrade. E em tempos de infelizes Felicianos, nada melhor do que ver um gay convertido ao evangelho (história muito comum nos dias fundamentalistas de hoje) encarnado de forma brilhante por Felipe Frazão. Dilene Prado empresta sua luz ao "dar a luz" a uma duzia de crianças, todas com nomes igualmente iluminados e batizadas com nomes de celebridades. Axé a Cridemar Aquino, com seu respeitoso Seu Eusébio, ou deveria chamar, "Pai Eusébio". "Favela" é primeiramente um espetáculo divertido, para todas as idades e classes (se é que se pode segmentar pessoas assim, mas enfim... coisas de mercado), mas que também trata de temas densos que nos esbarram todos os dias (preconceito, violência, intolerância etc) e coloca em foco não só o Rio de Janeiro, mas essa favela chamada Brasil."

Rogério Cardozo também comentou, um dia após assistir a estreia do espetáculo: "-Bom dia amigos! hoje acordei inspirado. Sim, inspirado por este espetáculo maravilhoso. É isso mesmo não é exagero.
Favela é um espetáculo numa linha extremamente naturalista que alcança o que poucos conseguem. Com simplicidade contagiar-nos com risos e emoções facilmente. As cortinas se abrem e a plastica já impacta muito com seu universo criado com o cenário lindo (Derô Martim) e a luz (Djalma Amaral), extremamente realistas, lindos. Ali o espetador já começa a esperar por algo muito bom. Com um texto e direção generosíssimos (Rômulo Rodrigues e Marcio Vieira) que abordam o tema escolhas, a atmosfera favela vem encantando a plateia enquanto o elenco de 21 atores formidáveis adotam pela mesma, de generosidade, unidade e talento. Dando espaço e passes majestosos pra que todos joguem brilhantemente em cena.
Para quem desconhecia até ontem, e tem a curiosidade e o receio de entrar no universo favela. A partir de agora ela esta aberta convidando-lhes a entrar pelas portas da ficção e descobrir que nela também existem escolhas. E diga-se de passagem bem ali no Fashion Mall... Rs... Parabéns a todos mais uma vez.
Ogum iê!"

Confira mais publicaçõs sobre a estreia em nossa área CLIPPING.